Impessoal e Transferível

Hoje não vai ser como sempre foi.!


Quero me despir de tudo que me resveste. Jogo fora minhas incertezas, nesse momento.
Guardo-as nesse blog, que pra mim é só espaço pra depositar o que não cabe mais em pensamento. É o que extraio de mim, é minha forma prosaica.


"Adoro a minha companhia,
andar comigo de mãos dadas.
Fazer as coisas por mim,
me ajudou a ser quem sou...
Hoje sei o tamanho
de mim mesmo,
o tamanho do meu
próprio amor..."


Seu sorriso mostra algo que não é verdade.Ele sabe,todo mundo sabe,pois seus olhos tristes e cheio de lembranças amargas o entregam.Ele vive preso em um passado que pensa que será seu presente novamente,e isso o tortura cada vez mais.É como uma ferpa em seu coração,que machuca a cada dia.Sangra e bate,sangra e bate.Ele deixa isso acontecer pois sabe que a dor o conforta,e sem ao menos saber que diante de seus olhos cegos,há uma pessoa,sim,há uma pessoa,que poderá deixar seu passado doloroso para trás e irá lhe dizer: siga em frente,estou contigo.É tudo que ele precisa.

Anita Haze


Percebi que eu preciso mesmo é conversar. Eu vou engasgar, e gaguejar, e talvez eu até fale rápido demais. É, eu tinha essa necessidade absurda de dizer-te que eu gosto muito, muito de você. E que pela primeira vez suas palavras me doeram.



"Pestanejou. Os cílios roçaram levemente na nuca dela. "Borboletas, o bater de asas de borboletas", ouviu ela dizer. Porém, não se parecem com borboletas. Aquelas verdes, azuis, de várias cores que se vêem nos jardins, passeando entre as flores na primavera. Lembram mais as mariposas castanho-escuras que invadem o quarto nas noites de verão antes da chuva e pousam num dos cantos entre a parede e o teto. Pela manhã, esquecida no chão do quarto, a camisa ainda retinha o perfume da noite passada. No entanto, já era tarde para as borboletas e ainda muito cedo para as mariposas." (A.B.)


Eu não entendo nada. não entendo as razões. não entendo o tempo. não entendo as coisas. não entendo absolutamente porra nenhuma. não entendo os efeitos da mucosa gástrica. não entendo a vida. não entendo querer tanto. ter tão perto e não poder viver. eu não entendo o tremer. a cabeça que não controla. o corpo que não responde querendo responder. eu não entendo porra nenhuma. eu não entendo o sumiço. não entendo a distância. não entendo a insônia. eu não entendo os problemas que não quero. não entendo o bem que não faço. não entendo o mal que não quero. não entendo o dia a dia. o noite pós noite. eu não entendo a solidão. não entendo o tempo que voa. a dor que não vai embora. não entendo porra nenhuma. não entendo o espirro. não entendo o gozo interrompido. não entendo o desígnios. não entendo a queimação no estômago. não entendo o corpo tremendo sem parar. não entendo a solidão. me beija. te beijo. tá doendo. eu não entendo porra nenhuma. silêncio.


Priorizo esse encontro,
A vontade do choque
Das tuas palavras,
A sensação que vem quando elas
Chegam a mim
Revirando, sacudindo...
Quem dera poder ser
Livre, maior, possível
Para confrontá-las
Em uma incessante emboscada.
Misturar meu calor ao delas,
Atravessá-las com minha respiração,
Bebê-las, viciar-me
E ainda assim, sucumbir.

(Anônimo Conhecido)





Risque
Meu nome do seu caderno
Pois não suporto o inferno
Do nosso amor fracassado
Deixe
Que eu siga novos caminhos
Em busca de outros carinhos
Matemos nosso passado
Mas, se algum dia, talvez, a saudade apertar
Não se perturbe, afogue a saudade
Nos copos de um bar
Creia
Toda a quimera se esfuma
Como a brancura da espuma
Que se desmancha na areia.


O destino é um conceito que inventaram para que a gente pudesse recostar nossos ombros nas cordas da acomodação, quando, na verdade, dispomos de todos os meios que precisamos para suplantar essas cordas e traçar nosso próprio caminho, rumo a lugares jamais visitados, pagando para isso o preço que for.