Impessoal e Transferível

Hoje não vai ser como sempre foi.!


Não posso mais escrever
Trago no corpo a vontade da vida
Tão intensa
Que me paralisou o espírito

Percebi a grandiosidade em mim
Num vinte de fevereiro
E era noite e era a cama
E o coração saltando pela garganta

Vinte de fevereiro
E eu virei homem
Quase sem aviso

Vinte de fevereiro
E eu abri as janelas
Nenhuma nuvem no céu
Era o infinito que se compadecia
Com meu medo e minha felicidade

Vinte de fevereiro
Descobri que não poderia mais escrever
Porque as palavras são vícios solitários
e agora sou tanto que sou dois
ou duas


Vinte de fevereiro
Paguei minha dívida com a humanidade
E tenho a alma tranqüila

(...)

Este é o testamento das minhas poesias:
Para vocês, versos da minha vida
Deixo a eternidade.

1 comentários:

legal